sábado, 8 de agosto de 2009

Made in China



Um naufrágio de há 1.200 anos lança luz sobre o antigo comércio mundial.

No século IX, dois potentes motores alimentavam a economia mundial. Um era a dinastia chinesa Tang, um império que se estendia desde o mar da China Meridional até às fronteiras da Pérsia, com portos abertos a mercadores estrangeiros oriundos de toda a sorte de lugares distantes. Na capital dos Tang, Changan (a actual Xian), grupos multiétnicos conviviam lado a lado numa cidade com um milhão de habitantes, uma população jamais igualada por qualquer cidade ocidental até à Londres do início do século XIX. Ontem, como hoje, a China era uma central geradora de actividade económica e muita dessa energia baseava-se no comércio. O outro motor económico era Bagdade, capital da dinastia abássida desde 762. Essa dinastia herdou o mundo muçulmano no Médio Oriente: em 750, já alargara a sua influência até ao rio Indo, a leste, e até ao Magrebe, a oeste, promovendo o comércio e a religião do Islão (o próprio profeta Maomé fora mercador).

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